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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

UMBANDA:
Religião que tem por base a prática da caridade e tem em uma de suas funções a elevação espiritual do médium e das entidades que governam o próprio médium.
A Umbanda é uma grande expressão religiosa nacional com maiores laços com o Rio de Janeiro. Irradiou-se para os Estados de Minas Gerais, São Paulo e demais estados do Brasil e até nos E.U.A existem casas de Umbanda.
É um culto popular aceito em todas as camadas sociais e de fácil acesso


CANDOMBLÉ: O Candomblé é uma religião originária da África, trazida ao Brasil pelos africanos escravizados na época da colonização brasileira. Os Orixás são arquétipos de uma atividade ou função e representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, tais como as águas, o vento, as florestas, os raios, etc. Cada Orixá tem um dia da semana a ele consagrado, por isso não se espante com a grande quantidade de baianos vestidos de branco nas sextas feiras, pois sexta-feira é dia de Oxalá, a divindade da Criação e branco é a sua cor. Oxalá é sincretizado com o Nosso Senhor do Bonfim, padroeiro da cidade do Salvador. O sincretismo entre o candomblé e a religião católica foi uma forma de defesa visando a preservação da religião proibida pelos escravocratas.
Também é denominado candomblé o templo em que são realizados os ritos e cerimônias. A visita ao candomblé, como a qualquer outro templo religioso deve ser feita com seriedade e respeito, seguindo-se algumas regras básicas: não trajar bermuda ou roupa de banho; não tirar fotos, gravar ou filmar os cultos.

AS DIFERENÇAS:
Esses são alguns tópicos que relacionei sobre as diferenças entre o Umbanda e o Candomblé, e com isso você poderá aprender um pou-co mais sobre a religião. Alguns grupos de Umbanda assi-milam mais elementos do espiritismo, dando origem ao Umbanda de mesa, [a qual] os adeptos cos-tumam chamar de "Mesa Branca". Porém, a maior predominância é dos rituais, que são semelhantes aos do Candomblé. Essa predominância varia de terreiro [para] terreiro, dependendo da doutrina de cada pai ou mãe de santo. Se essa predominância for muito grande, chamamos de "Umbandomblé". 
Apesar de alguns rituais e entidades serem as mesmas do Candomblé, existem ainda algumas particularidades que diferenciam o Umbanda do Candomblé. Por exemplo, os orixás no Candomblé não se comunicam diretamente com a assistência. Para que a as-sistência possa saber alguma coi-sa para melhorar sua vida, ela precisa falar com o babalorixá, que consultará os búzios. Só assim os orixás poderão orientar a pessoa sobre seus problemas. No Umbanda, a assistência pode consultar as entidades diretamen-te, sem precisar do jogo de Búzios, uma vez que as entidades podem utilizar o corpo do médium para se comunicar. Essa consulta só pode acontecer nos dias de gira de trabalhos; e essa gira é especial-mente para isso. Existem outras giras, como, por exemplo, a Gira de Desenvolvimento, onde os mé-diuns novatos praticam e se aper-feiçoam na comunicação com o orixá e entidades. [Além disso], no Umbanda, os orixás maiores ou santos (Iemanjá, Oxossi, Xangô, Ogum, Oxum, Ian-sã) não falam, quando eles "bai-xam" no terreiro (Só sua presença já é uma bênção). Os santos não têm a falange (linguajar) para que as pessoas possam entender. Eles já transcenderam da Terra [há] muitos anos e adquiriram muita luz, portanto aqui na Terra o má-ximo que fazem são emitir sons (ou mantras) como por exemplo o canto de Iemanjá, que para uns pode ser um canto e para outros um choro. As consultas ficam por conta das entidades de cada linha como: os baianos, preto-velhos, boiadeiros, marinheiros, crianças etc; que por estarem mais próximos de nossa realidade (pois desencarnaram há apenas algumas décadas - como no caso dos preto-velhos), podem nos ajudar – por conhecerem bem mais de perto os problemas terrenos. Outra característica marcante é o congar de um terreiro de Umbanda que tem, lado a lado, imagens de santos católicos (estes repre-sentando os orixás) e imagens das entidades (marinheiros, caboclos ameríndios, preto-velhos, crianças etc) e também podem ter outras imagens como de Santa Luzia, Santo Agostinho, Santo Expedito etc. 
Em terreiros de candomblé cada orixá tem seu lugar, [isto é], um quartinho, onde ficam os objetos do orixá. Os médiuns também não precisam ficar o dia inteiro no terreiro nem dedicar todo o seu dia a ele, basta apenas ter a res-ponsabilidade de estar nos dias de gira e cumprir sua missão com amor e caridade no coração. Os médiuns não incorporam, cada um, um orixá. Os médiuns se-guem a linha que os tabaqueiros e o Ogan (sabendo-se que ele só irá puxar um ponto quando o pai ou mãe de santo autorizar) puxam. Por exemplo, se estiverem cantan-do um ponto sobre Oxossi, os mé-diuns e a assistência já sabem que quem vem para trabalhar são os caboclos. 
Outra diferença básica é como os médiuns se preparam para incor-porar. No Candomblé, [eles] dançam num círculo em movimento, rodopiando seus corpos ao som dos atabaques e outros instru-mentos. [No] Umbanda, o médium fica parado, acompanhando por palmas os pontos cantados e es-perando o momento exato para a incorporação dos orixás ou das entidades. Para os médiuns novatos, a mãe ou pai de santo “puxa" a linha dos orixás fazendo o sinal da cruz em sua testa e trazendo os orixás pa-ra que médium que ainda não tem experiência suficiente para incor-porar o orixá sozinho, possa tra-balhar (porém nesse estágio ainda não podem dar consultas nem passes). Outro fator importante é o adven-to das cores, bem diferentes entre o Candomblé e o Umbanda. 
A música também é bem diferente, uma vez que no Candomblé vai depender de que nação é. [Já] no Umbanda, os cânticos são todos cantados em português. [Em geral], as roupas são brancas e o uso das cores fica reservado para os pais e mães de santo e em dias de festa e homenagem no terreiro. As roupas pretas e vermelhas são usadas em dia de Gira de Exu. [Isso é] reservado apenas ao mé-dium de incorporação e pais e mães de Santo. Os outros médiuns (novatos, ogans, cambones etc) devem usar roupas brancas somente ou com uma fita verme-lha presa a sua cintura. A assis-tência deve sempre ir a um terrei-ro de roupas claras, deixando a escura para as giras de exus (Ainda assim muitos terreiros orien-tam aos freqüentadores a usar a roupa branca). No Umbanda, o branco significa proximidade com a clareza, paz de espírito e abertura de seu corpo para as coisas boas (uma vez que o preto significa luto – corpo fe-chado). 
Se a pessoa quer receber uma graça, ela deve estar receptiva para que isso aconteça. Cada orixá vibra em uma cor. Por exemplo, Oxossi vibra na cor verde assim como Iansã na cor amarela, mas indiscutivelmente o branco (Oxalá) é aceito por qualquer linha.



 Ângela Cristina, Claudirene, cleidirene
3ºC tarde

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